sábado, 5 de abril de 2008

Se me caso com um, se me nega o outro.

Mas eles têm a mesma graça.
E o mesmo ofício.

Os olhos de um não superam o sorriso do outro.
Idades diferentes.
Gostos idem.

Homens que são como flores
E se um é lírio, outro é rosa,
(Impossível saber quem é mais clássico).

Se ligam ao mesmo edifício, os conheci em situações semelhantes.
E ambos me fazem pecar:
Com um sou a protagonista do erro, com outro coadjuvante ativa.
E me fazem sentir que não conseguiria sem o amor companheiro de um, e o desejo ardente de outro.
E assim, não se igualam a mais ninguém.

Quem me pode ser tão essencial que me impeça de viver sem sabê-lo perto,
Se um está ao meu lado e o outro está distante, mesmo que fisicamente seja o contrário?

Mas é só o que compartilham?
Me são idênticos na incerteza,
E no medo, não possuo nenhum.

Mas preciso da beleza de um e sua urgência
Sem jamais,
jamais abrir mão da perspicácia e do valor do outro.


Unidos pela mesma graça.

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