sábado, 14 de julho de 2007

Se você viesse e sem dizer palavra alguma, me pegasse pela mão e me levasse daqui,
eu telepática não ofereceria nenhuma resistência, se eu podesse ir.

Se me levasse para um lugar alto, onde eu nunca estive antes,
e me sentasse diante do novo, talvez minha vista se enchesse e minha cabeça apática se esquecesse do mal que me acomete.

Sei que seria só paliativo:
água fria não cura loucura,
histeria não se cura com tapas...
e nem tristeza com indiferença.

Mas é que para o mal da poesia, não há solução...

Humor é mesmo coisa líquida, e eu só queria que você soubesse
que se eu rasgasse feito bicho
marcado a ferro e brasa, um possível abraço seu
é porque eu realmente seria bicho
aturdido
marcado pelo delírio:
para mim é insuportável o silêncio condescendente,
de quem não me entende, mas está a par de tudo.

E se num ato de compaixão
pela miséria sempiterna
me prendesse e insistisse num laço, que trouxesse de volta minha esperança
natimorta
certamenteeu encheria teu regasso dalgum choro lúcido e amargo

e caíríamos

de volta à realidade, em meio a um silêncio ainda mais profundo
( e cheio de significados )

no outro dia também não diria nada, porque saberia que as coisas sérias, não são mesmo ditas em prosa....




... se você ainda existisse.

1 Comentários:

Às 17 de julho de 2007 às 06:59 , Blogger Núbia disse...

miga que legal...super poético...de um jeito q nao consigo escrever...talvez pq nao seja meu estilo literário...saiu de onde? da sua kbça? vc devia ser escritora sabia...já cansei de te dizer isso...bjus more te amo!

 

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