domingo, 8 de julho de 2007

Água e lirismo

Jogue uma pedra no leito de um rio

Lá estava eu: esperava por sinais que me levariam à convicção
Mas os sinais... eles não vieram... fui-me.


Se fosse assim tão fácil como escrever; afinal entre
convencer-se realmente e ir embora para não mais voltar
há muita coisa. Sinto-me mal toda vez que tenho que abandonar
o que quer que seja.


Sou um espelho d'água onde caiu uma pedrinha


Aceitar que não se realizou como foi planejado
" e nem era ruim"

como não deixar que o desânimo tome proproções indesejadas?


Depois que a chuva passa a gente vai olhar a janela pra ver como ficou o mundo.



kumori naku
chitose ni sumeru
mizu no omo ni
yadoreru tsuki no
kage mo nodokeshi
Murasaki Shikibu
"Livre de nuvens até a eternidade, a lua refletida se aloja pacificamente na superfície da água"


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