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De repente acontece comigo
eu não caibo mais na vida de alguém.
E por causa do silêncio, acho que devo me contentar até o fim
com as não-palavras
Por vezes,
motivos são sons impronunciáveis, eu sei.
E também estou no oposto disso tudo. Deve haver algo errado em mim.
Por que eu aceito com leveza que você desapegou, simplesmente
e eu sei que aceitar nunca foi não sentir dor.
Nunca foi não se contentar.
Esqueço. Estranho.
Esse sentimento de vazio. Você me tira da sua vida
e é na minha que se abre um buraco.
Matam uma parte de mim. Agoniza essa minha parte que eu nuca habitei. Sinto.
É para quem me mata essa crônicazinha, sem começo ou fim, da minha morte
fracionada.
Descanse em paz, pedaço de mim.
" A maior pena que eu tenho
punhal de prata
não é de me ver morrendo
mas saber o que me mata."
(Guitarra de Cecília Meireles, a bela)
Marcadores: que eu
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