quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A luz fraca castiga meus olhos e o sono já chicoteia minhas pálpebras,
compromete meus resultados
Mas, antes
um último esforço para tentar te por para fora...
Sim, nesses termos. Acho que estou empolagada
antes mesmo necessitada de fazê-lo.

Me perdoe a maneira.
Não os meios. Não essa mesa antiga meio enferrujada, onde muitos já beberam.
O caderno sem começo, sem fim, sem capa, contra-capa...

Não me perdoe o método rude ou a bagunça desse quarto.

Perdoe, sim o caos total donde eu te coloquei
aqui dentro de mim.
Perdoe a confusão e os termos; Perdoe eu,
se você achar que não deveria falar assim,
perdoe Deus e meus pais.

E o resto, ( e o mais ) é rodeio.
Quero te dizer que eu também sinto medo.
Sinto medo de sair à noite, medo de aranhas, medo de ser perseguida,
medo de ser injustiçada, medo de desencobrir e ser descoberta
Medo de olhar para baixo do 11° andar do prédio

Às vezes medo de olhar o firmamento.
Medo de mim, medo de você.

E em hora alguma eu sei o que eu estou perseguindo
seguindo esse seu cheiro... te caçando (te perdendo)pelo tempo afora.
E me paro em momentos como esse
em que me sinto algo indefinida
e um tanto ridícula,
porque eu fiz o que eu desejava e alguma coisa ri ridicularmente dentro de mim
porque de veras não era bem isso que eu queira.

Agora estou correndo
alucinada
sem saber onde eu vou parar, só porque é gostoso o vento na cara.
Ontem Viníscius de Moraes
me ensinou que amor é mesmo um combustível, eu desgrilei:
se ele nunca amou, escreveu belíssimos poemas.

Eu não vou mudar meu jeito de te encarar, então
Eu vou continuar meio retardada
a te procurar por estes mundos
entrar no seu mundo
balançar o seu mundo ( e ser com algum orgulho um tremor 7.5 por cinco segundos, apenas)

Te encontrar por esse mundo.

E fugir.
não de você, naturalmente

Fugir de mim
louca descaradamente.

E há de ser. Com você ou sem você.
Eu não tenho o hábito de dizer tchau,
pode ser então que nunca mais cruzemos o olhar.
Mas há de ser assim ,
se o há.

É o ato irresistível de plantar no plano kármico... tão nosso, tão meu.
agora já está feito. É o fim...

E ao fim de algumas linhas me deixo ficar apenas, já disse
demasiadas incongruencias para teus pobres ouvidos.

É o sono: começo a falar pela boca do estômago.
é a dor de cabeça, é o sábado.
Não é você.
Sou eu,
ARRGH!
Apague aluz, vamos dormir.

2 Comentários:

Às 9 de agosto de 2007 às 10:29 , Blogger Núbia disse...

Miga pra quem vc escreveu isso? me pareceu tao...deixa pra lá..depois comento... bjuuu te amo!

 
Às 14 de agosto de 2007 às 16:00 , Blogger Floyd disse...

Ótimo (ponto final)

 

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